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06/06/2018 - 09:47

Gestão & Carreira

O que aprender com as empresas que mais atraem os jovens

Pesquisa conduzida com 40 mil universitários aponta o que desejam os profissionais do futuro e mostra o sobe e desce de reputação das marcas corporativas


Escritórios amplos, com vasos de plantas, sofás e quiosques de sucos e comidinhas saudáveis. Há também espaços em que cachorros de funcionários podem circular livremente, sala com videogame e uma biblioteca.


Assim é a sede da Nubank, uma das empresas mais atrativas para os universitários brasileiros, de acordo com uma pesquisa conduzida pela Universum, consultoria global de employer branding (gestão de marca empregadora).


Mas não é apenas um ambiente acolhedor e moderninho que faz o Nubank cativar os jovens. Em março, a empresa recebeu aporte de 150 milhões de dólares, na sexta rodada de investimentos desde sua fundação, em 2013.


Em 2017, fechou o ano com mais de 3 milhões de clientes, 850 funcionários e receitas, até junho, de R$ 236,8 milhões. Hoje, o negócio possui valor de mercado de mais de 1 bilhão de dólares.


“O Nubank é uma fintech que cresceu a dígitos expressivos, com alto volume de contração e investimentos em marketing e aparições constantes na mídia”, afirma André Valias Siqueira, VP Americas & Head of Latin America da Universum Global. “Esses fatores corroboraram para tornar o negócio atrativo entre os jovens.”


Divulgada nesta semana, a pesquisa da Universum entrevistou 40 mil estudantes, de 160 universidades, que compartilharam sua visão sobre carreira e percepção em relação aos empregadores.


O levantamento também resultou num ranking das empresas mais atrativas. Entre os estudantes de negócios, as empresas que estão no topo da lista são Google, Itaú Unibanco, Governo Federal, Netflix e Banco do Brasil (veja lista das 20 melhores colocadas abaixo).


Empresas de varejo (ou com operação de comércio com foco no consumidor final) também aparecem na lista das prediletas. São elas: Natura (19º), GPA (52º), Grupo Boticário (54º), Walmart (68º), Riachuelo (70º), Avon (72), C&A (91º) e Renner (92º).



O levantamento apresentou conceitos que revelam o que os profissionais do futuro pensam – e, sintomaticamente, refletem o momento econômico do país.


Entre os objetivos, eles apontaram equilibrar trabalho e vida pessoal (56,1%), ter segurança e estabilidade no emprego (42,5%) e seguir uma carreira internacional (36,5%).


Embora permaneça relevante, na segunda posição, o apreço por estabilidade diminui 7% desde 2015. De acordo com Siqueira, um dos motivos é o início de otimismo entre os jovens, motivado pelos leves sinais de melhora na economia. 


O desejo de se tornar empreendedor teve queda de 3,4% entre os estudantes de negócios. A baixa expectativa tem relação com o despertar para as dificuldades reais de gerir um negócio, que foge do glamour difundido pela mídia que, na maior parte das vezes, relatam somente casos de sucesso.


“Empreender é um dos interesses da nova geração, mas ainda está restrito a uma minoria”, afirma Siqueira. “No Brasil, boa parte dos estudantes precisam estagiar para complementar a renda da família.”


Sobe e Desce


Há empresas que, mesmo bem posicionadas nos rankings, tiveram queda de atratividade. É o caso de Petrobras e Odebrecht. Isso se deu devido a imagem das empresas ter sido fustigada por causa de escândalos de corrupção nos últimos anos.


De acordo com Siqueira, há três perspectivas para avaliar o cenário. Primeiro, estudantes de engenharia civil, naval e de petróleo, ou áreas correlatas, desejam atuar no setor e essas empresas ainda são grandes empregadoras, o que faz com que se mantenham no ranking.


Segundo: em 2014, antes da crise, a Petrobras era a empresa ideal para 50% dos engenheiros. Hoje, é apenas para 25%. Terceiro: houve queda mais contundente entre os estudantes de negócios.


“Isso está em linha com o ponto da estrutura organizacional em que ocorreu os problemas, a área administrativa”, afirma Siqueira. “Profissionais que atuam fora dos escritórios, como nas plataformas, estão focados na parte técnica e que podem tirar proveito da experiência”.



O caso da Odebrecht revela outro detalhe. Para o executivo da Universum, a empresa soube tirar proveito dos escândalos ao se comunicar com os jovens.


Representantes da construtora foram às faculdades comunicar seus planos de reestruturação, participaram de palestras sobre gerenciamento de crise e convidaram os estudantes para ingressarem na empresa com a ideia de que eles poderiam fomentar boas práticas – e evitar que erros do passado (o envolvimento com a corrupção) voltem a se repetir.


Na outra ponta, uma empresa que teve ganho de popularidade foi a Latam, que saltou da 27ª colocação para 18ª, na percepção dos estudantes de negócios.


A marca teve origem em 2012, após a fusão da Tam com a chilena Lan, que formou o maior grupo de aviação da América Latina.


“No último ano, a Latam voltou a contratar e fomentou a imagem de marca global com origem brasileira”, diz Siqueira. "O que ajuda a cativar os profissionais e consumidores."


FONTE: Diário do Comércio



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