Internet das coisas reforça demanda por resposta rápida
A redução da latência – o tempo entre o clique no mouse e a resposta de soluções na nuvem – e o relacionamento mais próximo com clientes locais estimulou a implantação de datacenters regionais. Mas, segundo Pietro Dalai, da IDC, o maior impulso para a pulverização do setor será a internet das coisas (IoT). “Aplicações que demandam baixa latência vão exigir mais datacenter nas pontas, no modelo edge computing”, diz. Esses datacenters tendem a ser menores, com salas de 100 m2 ou 200 m2 espalhadas e integradas por redes apoiadas em links de maior capacidade, inclusive aquelas construídas por operadores alternativos com anéis de fibra espalhados pelo país. “Alguns operadores já colocam o edge datacenter em suas estratégias.”
Enquanto o movimento não se consolida, investimentos em operações regionais seguem em ampliação. A Ascenty já finalizou seu datacenter de Fortaleza (CE) com 3 mil m2, inaugurado em 2015, e parte em busca de novos locais para atender a demanda por infraestrutura Tier 3. A Host Dime escolheu João Pessoa (PB) para construção do datacenter inaugurado no ano passado com investimentos de R$ 60 milhões, o segundo Tier 3 da região.
A escolha do local levou em conta a localização central no Nordeste do país e o fato de quase 90% das empresas da região ainda sustentarem infraestrutura em casa por conta do gargalo da conectividade. A estratégia incluiu localização vizinha à Tely, operadora parceira com 8 mil km de fibra óptica, design atrativo e projeto próprio de dois andares com 250 m2 e capacidade para 110 racks cada um.
Inaugurado em julho, o datacenter tem 50% do primeiro andar já ocupados, principalmente com “colocation” (hospedagem de servidores), diz o diretor de soluções digitais Renan Hannouche. A Host Dime tem sede nos Estados Unidos, presença em 11 países e cresceu 45% no Brasil em 2017.
Outro reforço no Nordeste será o datacenter da Angola Cables em Fortaleza, integrado à estação de chegada dos cabos submarinos SACS e Monet e que deve consumir aportes de R$ 72 milhões até sua finalização, com 3 mil m2. A primeira fase, com previsão para termino em setembro, terá cerca de cem racks e a oferta inicial será de serviços mais básicos. “Vamos evoluir conforme o desenvolvimento do mercado”, diz o diretor comercial e de marketing Artur Mendes.
O Nordeste atrai interesse de operadores de outras regiões. Um deles é a Vert, provedora de serviços de TI com clientes como instituições financeiras e governo, 350 funcionários e receita anual de R$ 150 milhões que inaugurou datacenter contêiner em Brasília (DF) em 2012. Desde então, a iniciativa consumiu cerca de R$ 20 milhões. Hoje é empregada para serviços como contingenciamento de dados e monitoramento de performance, segurança e incidentes, além de sustentar ajustes finos no consumo de nuvens de terceiros. “Até 2021 vamos replicar o modelo para Fortaleza ou Recife”, antecipa o CEO André Fróes.
A fornecedora de nuvem 2Cloud, de Porto Alegre (RS), já começa a pesquisar datacenters Tier 3 para expandir serviços para São Paulo e Recife ano que vem. Hoje emprega o datacenter da Teccloud, um dos dois Tier 3 do Sul do país (o outro é da paranense Telepar). “A qualificação é um argumento de venda”, diz Gabriel Gotz, um dos fundadores da 2Cloud.
A certificação da Teccloud decorre da origem da empresa, unidade de tecnologia do grupo Corrêa da Silva, fundador da GetNet, vendida para o Santander por R$ 1,1 bilhão em 2014, e composto por negócios como Banco Topázio e a rede de autoatendimento multisserviços Saque e Pague.
Além do centro certificado em Campo Bom, com 200 m2 de piso elevado e capacidade para 120 racks, a empresa conta com datacenter para redundância em Porto Alegre, 140 km distante. O principal cliente ainda é o próprio grupo, mas, segundo o diretor Andrey Andreoly, a meta agora é intensificar a presença de terceiros como a TicketLog, empresa de gestão de despesas corporativas usuária da solução de datacenter duplo.
FONTE: Valor Econômico
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