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08/03/2018 - 11:01

Estudo

Pagamento eletrônico pode gerar ganho de US$ 11 bi na capital paulista

Migração dos pagamentos para os meios eletrônicos traria benefícios de US$ 470 bilhões aumento de 0,19% no PIB


A migração dos pagamentos para meios eletrônicos digitais nas 100 cidades do mundo mais modeladas para a eliminação do papel moeda pode trazer uma soma de benefícios líquidos de até US$ 470 bilhões por ano. Só em São Paulo, o valor chegaria a US$ 11 bilhões.


Os dados são de um estudo encomendado pela Visa à Roubini ThoughtLab e considera benefícios líquidos o custo benefício entre aceitar pagamentos eletrônicos e permanecer no papel moeda.


Do total de US$ 470 bilhões que essa transição traria para as 100 cidades analisadas, a maior parte (66,3%) iria para as empresas, que somariam benefícios líquidos de US$ 312 bilhões por ano.


Para o governo, o total seria de US$ 130 bilhões enquanto para os consumidores, somaria US$ 28 bilhões.


De acordo com o diretor de relações governamentais da Visa, Gustavo Noman, a dificuldade em mensurar os gastos feitos com o uso do papel moeda tem sido um dos grandes desafios para aumentar o avanço dos meios eletrônicos de pagamento.


“Tudo tem um custo. Quem opta pelo dinheiro gasta US$ 180 por ano apenas para acessar seus recursos. Isso sem contar as empresas, que têm perda nas vendas, falta de troco e contratações necessárias de segurança”, explica Noman.


Na análise de 15 anos feita pela pesquisa (de 2017 a 2032), também seriam adicionados um total de US$ 12 trilhões na atividade econômica mundial.


Isso corresponde a um aumento de 0,19% do Produto Interno Bruto (PIB), 5 milhões de novos empregos, alta de 0,14% na produtividade e acréscimo de 0,16% nos salários.


Cidades brasileiras


Entre as 100 cidades analisadas pelo estudo, duas delas são brasileiras: São Paulo e Brasília, ambas classificadas como em estado de “amadurecimento digital”. Juntas, elas somariam mais de US$ 13 bilhões por ano em benefícios.


Na cidade paulista sozinha, a soma seria de US$ 11 bilhões, sendo um total de US$ 7 bilhões para empresas, US$ 3 bilhões para o governo e US$ 1 bilhão para os consumidores. Já o resultado brasiliense somaria cerca de US$ 2 bilhões por ano, sendo US$ 1,4 bilhão para companhias, US$ 500 milhões para o Estado e US$ 200 milhões para os consumidores.


Segundo o country manager da Visa no Brasil, Fernando Teles, o movimento no País está em expansão e há uma parceria entre todos os players da indústria e as autoridades fiscalizadoras e reguladoras para também incentivar o uso do cartão pelos brasileiros.


“Se existe 10% da população que usa é porque já existem lugares que aceitam esse tipo de pagamento. Por isso, já estamos com um grupo de trabalho focado nessa expansão e também todo um trabalho em conjunto com a Abecs [Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços] para aumentar o uso do cartão de débito”, afirma.


Desde o final do ano passado já existem no Rio de Janeiro e no município de Mauá, em São Paulo, tecnologias piloto de pagamento por aproximação no transporte público.


O experimento deve durar de dois a três meses e terá sua conclusão e um projeto para maior regionalização já no fim deste mês e começo de abril.


Obstáculos


As condições de infraestrutura, os custos da adoção completa dos meios eletrônicos de pagamentos, as dificuldades no acesso e segurança plena e até a própria cultura dos consumidores, porém, ainda são barreiras para esse processo.


Para Teles, o intuito seria reformular a estrutura do pagamento com cartão para possibilitar transações rápidas e fáceis com o NFC (do inglês, Near Field Communication – pagamento por aproximação).


“A mudança, porém, é mais rápida do que foi no passado, já que essa é uma própria exigência do consumidor, que está cada vez menos tolerante com a perda de tempo. Além disso, temos a vantagem de o brasileiro gostar de tecnologia e estar mais aberto a aceitar essas transformações”, pondera o executivo da Visa.


Ele reforça ainda que a transição também tem que partir da indústria e dos lojistas.


“A ideia é fazer com que os sistemas se integrem para uma solução menor. A diminuição do plástico também vai acontecer, mas ele ainda é uma conveniência muito grande e, quem não se movimenta com o todo, fica de fora”, conclui.


FONTE: DCI - Diário Comércio Indústria & Serviços



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